sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Flávio Pinheiro tem boa atuação, mas perde por pontos em sua estreia no Campeonato Brasileiro de Muay Thai

Pela terceira vez na história a Associação Guerreiros Thai (AGT) foi responsável por colocar o nome do Coração do Rio Grande entre o melhor muay thai do país. Porém a primeira entre a categoria profissional.
Na noite deste sábado, dia 21, no último ato de uma jornada que durou mais de um mês entre preparação e busca de recursos financeiros, o santa-mariense Flávio Pinheiro subiu no ringue de Ribeirão Preto, em São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro de Muay Thai 2017, a principal competição da modalidade de todo o território nacional.
Atual campeão gaúcho, Flávio Pinheiro encarou no primeiro combate do Campeonato Brasileiro, disputado em formato de GP,  o paulista André Silva após sorteio realizado pela Confederação Brasileira de Muay Thai. E bastou poucos segundos do primeiro round para mostrar o porque a competição é ao mesmo tempo tão prestigiada e respeitada pelos lutadores.
Flávio Pinheiro (de calção azul) e André Silva protagonizaram uma das melhores lutas da noite. (Foto: Divulgação/AGT)
Em uma verdadeiro show do mais puro muay thai, com muitas joelhadas, cotoveladas socos e chutes, Flávio e André protagonizaram uma “guerra” no combate inicial da categoria até 63,5 kg, como definiu o treinador santa-mariense Carlos Roberta Garda. Em um tão duelo equilibrado, bastou um pequeno descuido de um dos atletas para definir o resultado. E infelizmente quem cometeu este descuido foi Flávio Pinheiro.
Ao fim do segundo round o lutador da AGT escorregou e na queda sofreu uma forte joelhada no rosto, abrindo contagem. No curto intervalo para o terceiro round, Flávio não conseguiu se recuperar, mas mesmo assim chegou a esboçar uma reação nos minutos finais. Porém foi insuficiente para impedir a vitória do paulista André Silva por pontos.
– Muito mais difícil que pensava. Sem conhecer o adversário, sem estratégias, muito difícil. Como as lutas eram eliminatórias, rounds de 3×3, no osso, era pouco tempo para reagir se saísse atrás. Flávio resvalou e antes de cair levou uma joelhada no olho, abriu contagem e não conseguiu reverter. Até dominou o terceiro round, mas aí acabou a luta. Precisávamos dos dois rounds restantes. Mas foi um aprendizado. Temos que mudar o jeito de trabalho. Sem dinheiro não temos chance. É muito sofrido assim, fazendo rifas e risoto para trazer um atleta. Não dá para fazer um trabalho profissional. Precisamos estar o ano inteiro lutando com o melhores. Mas como sem grana? – comenta o responsável pela AGT, Carlos Roberto Garda.

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