Pela terceira vez na história a
Associação Guerreiros Thai (AGT) foi responsável por colocar o nome do
Coração do Rio Grande entre o melhor muay thai do país. Porém a primeira
entre a categoria profissional.
Na noite deste sábado, dia 21, no último
ato de uma jornada que durou mais de um mês entre preparação e busca de
recursos financeiros, o santa-mariense Flávio Pinheiro subiu no ringue
de Ribeirão Preto, em São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro de Muay Thai
2017, a principal competição da modalidade de todo o território
nacional.
Atual campeão gaúcho, Flávio Pinheiro
encarou no primeiro combate do Campeonato Brasileiro, disputado em
formato de GP, o paulista André Silva após sorteio realizado pela
Confederação Brasileira de Muay Thai. E bastou poucos segundos do
primeiro round para mostrar o porque a competição é ao mesmo tempo tão
prestigiada e respeitada pelos lutadores.
Em uma verdadeiro show do mais puro muay
thai, com muitas joelhadas, cotoveladas socos e chutes, Flávio e André
protagonizaram uma “guerra” no combate inicial da categoria até 63,5 kg,
como definiu o treinador santa-mariense Carlos Roberta Garda. Em um tão
duelo equilibrado, bastou um pequeno descuido de um dos atletas para
definir o resultado. E infelizmente quem cometeu este descuido foi
Flávio Pinheiro.
Ao fim do segundo round o lutador da AGT
escorregou e na queda sofreu uma forte joelhada no rosto, abrindo
contagem. No curto intervalo para o terceiro round, Flávio não conseguiu
se recuperar, mas mesmo assim chegou a esboçar uma reação nos minutos
finais. Porém foi insuficiente para impedir a vitória do paulista André
Silva por pontos.
– Muito mais difícil que pensava. Sem
conhecer o adversário, sem estratégias, muito difícil. Como as lutas
eram eliminatórias, rounds de 3×3, no osso, era pouco tempo para reagir
se saísse atrás. Flávio resvalou e antes de cair levou uma joelhada no
olho, abriu contagem e não conseguiu reverter. Até dominou o terceiro
round, mas aí acabou a luta. Precisávamos dos dois rounds restantes. Mas
foi um aprendizado. Temos que mudar o jeito de trabalho. Sem dinheiro
não temos chance. É muito sofrido assim, fazendo rifas e risoto para
trazer um atleta. Não dá para fazer um trabalho profissional. Precisamos
estar o ano inteiro lutando com o melhores. Mas como sem grana? –
comenta o responsável pela AGT, Carlos Roberto Garda.
0 comentários: